quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Lágrimas

 
A CHUVA BATIA NO VIDRO, SUAVE
ERAM AS LÁGRIMAS DA NATUREZA.
O CÉU ESTAVA CINZENTO COMO EU,
O CINZA CONTRASTAVA COM AS FOLHAS,
ERAM DE OUTONO AVERMELHADAS.
GOTA A GOTA, PINGO A PINGO,
A NATUREZA COMO EU CHORAVA.
TRISTEMENTE , OLHAVA E PENSAVA
COMO É POSSIVEL, TANTA SINTONIA.
O CÉU ESTAVA TRISTE,
CHORAVA NA RUA,
EU ESTAVA TRISTE, E…
CHOVIA NO MEU CORAÇÃO

          carmita/2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Folhas Caídas

Folhas caídas
São as folhas de árvores que ao acaso fui encontrando, umas maiores, outras mais pequenas, de todos os feitios e cores.Todas elas estavam no chão, .O mais importante, foi ao olha-las o que eu senti, ao vê-las ali e tristes abandonadas, tal como
eu me encontro muitas vezes. O ciclo da vida é mesmo assim e o que
nos ajuda, é que após O Outono, vem o Inverno, a Primavera, até chegarmos ao Verão onde o sol nos abençoa e nos
dá forças para continuar.
carmita-20-8-2008

                    carmita/2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A VIDA


A vida é como um livro,
Mesmo que não o leias,
Não o deites fora


       carmita/2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A PRINCESINHA DE SANFINS




     Era uma vez uma princesinha que se chamava Ísis. Todos os anos, no verão ia com a sua família passar férias, a Sanfins do Douro, .uma terra de gentes de paz, e hospitaleira. Assim que chegava, procurava instalar-se no melhor canto da casa, ou seja no sitio mais sossegado, sem confusão do entra e sai das visitas, e do reboliço de uma casa de férias.
    O stress da viagem de carro, deixava-a de rastos, nos primeiros dias era só descansar, pelo contrário a sua família, era um entra e sai, sem parar.
    Escusado será dizer que assim que eles saiam ela deitava-se na sua caminha e dormia, e dormia…
    Do seu canto, ela ouvia as coisas mais incríveis, era a Toninha e as suas histórias infindáveis, sobre o passado vivido em Sanfins.
    No seu canto Ísis suspirava, encolhia os ombros e até parece que sorria.
   Quando estavam lá os Charolas, para passarem um fim de semana, era de morrer a rir, pois o Sr. Tininho, e D. Toninha animavam os serões com as suas anedotas reais e inventadas. O Sr. António devido à sua doença, ouvia tudo com muita atenção. O João e a Catarina namoravam e D. Carmita ria às bandeiras despregadas.
   Do seu canto especial, a princesinha era atormentada, com o barulho dos foguetes, dos bombos, das fanfarras. Eram as festas populares e o povo adorava. Vinham do estrangeiro, filhos da terra que saíram à anos para outros países à procura de uma vida melhor, e voltavam nesta altura para festejar, em  honra de Nossa senhora da Piedade.
   A certa altura a princesinha Ísis começava, a sentir saudades da sua casa de Lisboa, o seu 5º. Andar era mais tranquilo.

Ísis era a única na família, uma gata cinzenta e branca, e onde quer que estivesse, era o charme, que nem todas as criaturas conseguiam ter. Era preciso ter berço, e o de Ísis era um berço de Gata com postura de Rainha.

               carmita/nov/2012

domingo, 28 de outubro de 2012

SOBE QUE SOBE

Sobe, que sobe
Sobe, que sobe, garota sobe,
Sobe, que sobe as longas escadas.
Ao fim do dia, já cansada,
Paras...Olhas para trás,
E não vês nada.
Fitas a vida de frente,
Olhos nos olhos, do futuro,
Sentes a brisa suave, e quente,
Brincar com os teus caracóis,
De criança crescida, abandonada.
A vida é desilusão, sem emoção,
É a obrigação de viver, sem nada.
Subiste, subiste, essas escadas.
Cansada sentiste, a chuva,
Fria, muito fria, gelada.
Entre as nuvens, veio o sol,
Que te fez sorrir e aquecer.
Aquele raio de sol, doce e quente,
Poisou leve , suave, no teu rosto,
Trigueiro, lindo e carente.. !.


          CARMITA/2012

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

OS INHOS E AS INHAS DA VIDA

OS INHOS E AS INHAS DA VIDA



Eras uma sementinha
Tornaste-te num ovinho.
Nasceste, ficaste um passarinho
Voaste, suave, de vagarinho.
Saíste do teu ninho,
Viste um passarinho…
Voaram juntos,
Construíram um cantinho.
E hoje no vosso raminho,
Felizes olham as estrelas
Que vos abençoam, sorrindo.


               CARMITA/2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

POR ONDE ANDARÁ ELA

       POR ONDE  ANDARÁ ELA?

Sempre de cabeça erguida, enfrentava a vida com alguma altivez, ou seja com orgulho.
Aqueles olhos lindos, sempre muito bem pintados, o que a tornava ainda mais bela e feliz.
O sapato de salto 8 cm, dava-lhe elegância e um charme muito especial.
Podia usar uns chinelos, mas sempre de salto alto. E deles nunca descia.
Onde foi parar, esta criança, esta jovem,  esta mulher, esta linda mãe?
Foi parar a uma lixeira, com certeza para ser reciclada, e transformada em papel de embrulho.

O medo do pensamento

                          Tornei-me pessimista                           Até tenho medo de pensar:                          Se bem vem o pio...