O meu blogue é uma extensão de mim.Os meus pensamentos, os meus gostos, simplesmete EU. CARMITA CHAROLA
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Sentir sem sentidos
Olhar sem ver
Respirar sem ar
Sentir sem dor
Dormir sem sono
Ouvir sem som
Rir sem riso
Parar sem andar
Comer sem fome
Beber sem sede
Chorar sem lágrimas
E.....viver sem vida
Carmita/Set/2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Agatha Christie
Gosto de viver. Houve alturas em que estive desesperada, atormemtada pela tristeza e sentido-me desgraçada, mas, apesar de tudo, estou segura de que o simples facto de estar viva é qualquer de maravilhoso. Agatha Christie
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Sara Bernhardt
A vida engendra vida. A energia cria energia. Quando te prodigalizas a ti própria, enriqueces. Sara Bernhardt
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Este Verão
Acordei, o vento soprava, fiquei toda baralhada.
Todo o dia toda a noite, e hoje vamos ter mais do mesmo....
Lembrei-me pode ser que este vento horrível, leve para muito longe os pensamentos negativos e na sua força só nos traga coisas boas.
Coisas boas? sim, como aqueles doces que as crianças tanto gostam e as fazem sorrir.
carmita/Set/2013
terça-feira, 10 de setembro de 2013
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Calçada
Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada.
Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
Na mão grosseira,
de pele queimada,
leva a lancheira
desengonçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Luísa é nova,
desenxovalhada,
tem perna gorda,
bem torneada.
Ferve-lhe o sangue
de afogueada;
saltam-lhe os peitos
na caminhada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Passam magalas,
rapaziada,
palpam-lhe as coxas,
não dá por nada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu da sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
desinteressada;
caiu na cama
de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da filha,
dá-lhe a mamada;
veste-se à pressa,
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada;
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce a calçada,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga;
toca a sineta
na hora aprazada,
corre à cantina,
volta à toada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga.
Regressa a casa
é já noite fechada.
Luísa arqueja
pela calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
António Gedeão
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