terça-feira, 26 de novembro de 2013

MÃE



Conhecemo-nos, de uma forma estranha, eu dentro do teu ventre, fui crescendo, e a certa altura, estava na hora de vir ao mundo.
Sentiste a minha pressa, a natureza fez-te sentir, que tinha chegado a hora de pores cá fora, o ser que  à nove meses vivia em ti. foi aí que se deu o primeiro impacto, tive de lutar, e tu ajudaste-me, não foi fácil, mas cá estamos.
Tu olhaste-me, e como é normal achaste-me linda, e por pouco tempo que naquele instante, estive nos teus braços, fixaste-me e se me acontecesse alguma coisa, irias sempre me reconhecer, fosse onde fosse.
Começou aqui a nossa vivencia, os beijos que me deste, o colo, que tive, a tua voz, tudo isto me fez conhecer-te para sempre.
Eu ia crescendo e cada etapa, por a qual passava, mais te ligavas a mim. Nunca mais parou, quando adoecia, ficavas acordada a meu lado, rezando pelas minhas melhoras. Deus foi sempre o elo de ligação entre nós. Quantos sobressaltos não tiveste, quantas vezes , o teu coração não pulou, e te sentiste angustiada, com medo que algo de mal me acontecesse.
Eu ia crescendo, e ia-me libertando e ao mesmo tempo amadurecendo, mas para ti mãe, eu era sempre aquele bebé, que um dia puseste no mundo, ainda hoje te preocupas comigo que eu sei.
Os filhos são a herança que te acompanha para toda a vida. Só te posso agradecer, hoje sou mãe, e sei dar valor, quando me ralhavas, não estavas zangada, mas instintivamente estavas a proteger-me. Eu faço o mesmo e a ti te agradeço o que aprendi, a ser como tu, uma “mãe muito especial.

                            Xtórias da carmita/Julho 2009-07-21


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