Levou a vida numa lufa lufa, tratou dos filhos, do marido, vizinhos e de toda a gente. Não havia ninguém, que não gostasse dela. À esquerda, à direita, ao centro era pau para toda a obra, neste frenesim esqueceu-se dela. Chegou a reforma e uma dor aqui e outra ali, parou para pensar e ninguém perguntou se ela precisava de alguma coisa. Chorar com a realidade não fez, continuou a viver, só que agora começou a viver só para ela, e ainda ia a tempo, pois ideias não lhe faltavam. E assim foi, alegre como era assim continuou, pois queria ser sempre feliz. E foi sempre feliz, nunca chorou sobre o leite derramado.
Carmita/2015
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