Conhecemo-nos, de uma forma estranha, eu dentro do teu ventre, fui crescendo, e a certa altura, estava na hora de vir ao mundo.
Sentiste a minha pressa, a natureza fez-te sentir, que tinha chegado a hora de pores cá fora, o ser que à nove meses vivia em ti. Foi aí que se deu o primeiro impacto, tive de lutar, e tu ajudaste-me, não foi fácil, mas cá estamos.
Tu
olhaste-me, e como é normal achaste-me linda, e por mito pouco tempo
que naquele instante, estive nos teus braços, fixaste-me e se me
acontecesse alguma coisa, irias sempre me reconhecer, fosse onde fosse.
Começou aqui a nossa vivencia, os beijos que me deste, o colo, que tive, a tua voz, tudo isto me fez conhecer-te para sempre.
Eu
ia crescendo e cada etapa, por a qual passava, mais te ligavas a mim.
Nunca mais parou, quando adoecia, ficavas acordada a meu lado, rezando
pelas minhas melhoras. Deus foi sempre o elo de ligação entre nós.
Quantos sobressaltos não tiveste, quantas vezes , o teu coração não
pulou, e te sentiste angustiada, com medo que algo de mal me
acontecesse.
Eu
ia crescendo, e ia-me libertando e ao mesmo tempo amadurecendo, mas
para ti mãe, eu era sempre aquele bebé, que um dia puseste no mundo,
ainda hoje te preocupas comigo que eu sei.
Os
filhos são a herança que te acompanha para toda a vida. Só te posso
agradecer, hoje sou mãe, e sei dar valor, quando me ralhavas, não
estavas zangada, mas instintivamente estavas a proteger-me. Eu faço o
mesmo e a ti te agradeço o que aprendi, a ser como tu uma “mãe muito
especial.
PS: ISTO FOI O SONHO DA MINHA VIDA, MAS REALIZEI-O QUANDO FUI MÃE
Xtórias da carmita/Julho 2009-07-21
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