Vêm de longe, tão longe
Incendiados de Ser
O Pão, a Paz e o Riso
E tudo o que se quiser.
Pisam as pedras e os rios
Descobrem as novas margens
Em breves grãos de silêncio
São o roteiro, as viagens.
Sem deuses, nem mitos
Sem datas, nem metas
Sem festas, nem frestas
Sem arcos, nem setas
Ardem
No fogo, no frio, no vento
Nas rugas do Tempo
Aguardam sozinhos a secreta manhã.
Sentam-se às portas da noite
Na direcção das nascentes
Acendem o fruto e as sementes.
Mas o Natal é o mistério
A ternura consentida
E abre-se a Terra inteira
À Criança Renascida.
Sem deuses, nem mitos
Sem datas, nem metas
Sem festas, nem frestas
Sem arcos, nem setas
Nasce!
No fogo, no frio, no vento
Nas rugas do Tempo
Aguarda sozinha a secreta manhã.
Sem deuses, nem mitos
Sem datas, nem metas
Sem festas, nem frestas
Sem arcos, nem setas
Nasce!
No fogo, no frio, no vento
Nas rugas do tempo
Ignorada Pisada
A criança permanece!
Maria Rosa Colaço
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