sábado, 2 de novembro de 2013



NÃO GOSTO DE ESTAR SÓ !
ÀS VEZES TENHO MEDO DE ESTAR SOZINHA.

MEDO....

DE QUÊ?:
NÃO SEI.

-SÓ SEI QUE UM DIA, VOU ESTAR INFINITA E ETERNAMENTE,


              



    carmita/Nov/2013

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

POR ONDE ANDARÁ ELA ?




Sempre de cabeça erguida, enfrentava a vida com alguma altivez, ou seja com orgulho.
Aqueles olhos lindos, sempre muito bem pintados, o que a tornava ainda mais bela e feliz.
O sapato de salto 8 cm, dava-lhe elegância e um charme muito especial.
Podia usar uns chinelos, mas sempre de salto alto. E deles nunca descia.
Onde foi parar, esta criança, esta jovem,  esta mulher, esta linda mãe?
Foi parar a uma lixeira, com certeza para ser reciclada, e transformada em papel de embrulho






                     Nov/09-xtórias da carmita

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Começar de novo



Neste copo de vinho, celebramos o reco meço de uma nova vida.
Começar é começar, recomeçar é começar de "novo"
A vida pregou-nos uma partida, mas não vamos,mas não vamos desistir.
Ao erguermos este copo, projectamos nele as nossas esperanças, este copo
de vinho fresco, vai-nos dar forças para andar, de cabeça erguida e de
peito aberto, que representa a honestidade com que sempre vivemos
tchim...tchim...à nossa.

Carmita/Out/2013

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

UMA SIMPLES HISTÓRIA

UMA SIMPLES HISTÓRIA
    (prisão domiciliaria)


Era uma vez, uma grande, grande amiga. Foi ela que me contou esta história. Já há alguns dias que não nos falamos, isto neste momento, e para o caso, não é o mais importante.
Importante é como uma mulher, “mulher”, fica presa em casa, ao que eu chamei “prisão domiciliária”.
Não é por enquanto uma situação trágica, mas prova o que pode acontecer a qualquer ser humano, que levou uma vida normal, decente, com alguma qualidade de vida, e muita dignidade.
Honestidade e amor ao próximo, manifestou-se sempre de várias maneiras, tanto aos amigos como à família, e a quem lhe pedisse ajuda, houve sempre uma palavra amiga e de esperança.
Passaram os anos e foi ficando adoentada, mas isso não foi o pior, os problemas começaram quando ficou desempregada, sujeita à esmola do estado, chamada fundo desemprego, o qual um dia acabou. Quem ia arranjar emprego a uma fulana de 40 e tal anos, quando tantos jovens estavam como ela e a crise, essa não tinha soluções.
Perante este cenário aquela que esteve disposta e colaborante perante os outros, viu-se sozinha, afastou-se das amigas, pois não queria que elas vissem o seu olhar triste, tinha vergonha de contar a sua vida, até das vizinhas fugia, chegando ao cumulo de despejar o lixo, já muito de noite.
Era triste, não ter dinheiro, nem para um café, para um jornal, optando por ler o tele texto da TV. O telemóvel esse estava mudo, quem não aparece esquece, ninguém lhe telefonava.
Um dia olhou-se ao espelho, o cabelo por pintar, mal tratado, era ela que o cortava, só uma coisa ela não deixou de fazer, foi tomar os seus banhos diários, e usar sempre um creme, mesmo que fosse dos mais baratos.
Dia a dia a sua saúde foi piorando e a vontade de comunicar, era nula. Olhar as lojas para quê, tudo lhe estava interdito.
É claro que há muitas e muitas situações, que prefiro não mencionar.
A pior provação desta mulher, é ter consciência de como vai o Mundo lá fora, sofre pela sua limitação a 4 paredes, mas não se perdoa por ter descoberto que é um ser extremamente egoísta, pois só tem olhado para o seu umbigo.
Devia de ter perguntado mais vezes: -E AS CRIANÇAS SENHOR ?.
A ultima vez que estivemos juntas choramos perguntando-nos porquê?.
Ela ainda espera por um amanhã melhor, mas para quem sabe somar dois e dois, não há duvida, a lucidez ainda faz sofrer muito mais.
Pergunto é egoísmo ?


P.S: este é um simples relato, de uma história que daria um livro cheio de exemplos de vida, que talvez eu um dia tenha coragem para partilhar convosco.


Carmita/Out/2013


terça-feira, 29 de outubro de 2013

PARA TI MÃE





Conhecemo-nos, de uma forma estranha, eu dentro do teu ventre, fui crescendo, e a certa altura, estava na hora de vir ao mundo.
Sentiste a minha pressa, a natureza fez-te sentir, que tinha chegado a hora de pores cá fora, o ser que  à nove meses vivia em ti. Foi aí que se deu o primeiro impacto, tive de lutar, e tu ajudaste-me, não foi fácil, mas cá estamos.
Tu olhaste-me, e como é normal achaste-me linda, e por mito pouco tempo que naquele instante, estive nos teus braços, fixaste-me e se me acontecesse alguma coisa, irias sempre me reconhecer, fosse onde fosse.
Começou aqui a nossa vivencia, os beijos que me deste, o colo, que tive, a tua voz, tudo isto me fez conhecer-te para sempre.
Eu ia crescendo e cada etapa, por a qual passava, mais te ligavas a mim. Nunca mais parou, quando adoecia, ficavas acordada a meu lado, rezando pelas minhas melhoras. Deus foi sempre o elo de ligação entre nós. Quantos sobressaltos não tiveste, quantas vezes , o teu coração não pulou, e te sentiste angustiada, com medo que algo de mal me acontecesse.
Eu ia crescendo, e ia-me libertando e ao mesmo tempo amadurecendo, mas para ti mãe, eu era sempre aquele bebé, que um dia puseste no mundo, ainda hoje te preocupas comigo que eu sei.
Os filhos são a herança que te acompanha para toda a vida. Só te posso agradecer, hoje sou mãe, e sei dar valor, quando me ralhavas, não estavas zangada, mas instintivamente estavas a proteger-me. Eu faço o mesmo e a ti te agradeço o que aprendi, a ser como tu uma “mãe muito especial.




PS:  ISTO FOI O SONHO DA MINHA VIDA, MAS REALIZEI-O QUANDO FUI MÃE

                            Xtórias da carmita/Julho 2009-07-21

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Carmita




Carmita como se sente feliz: toda femenina e cheia de pormenores.Vaidosa? Ou simplesmente mulher...?

 

 

sábado, 26 de outubro de 2013

Era uma vez.....



            Passei por ela, estava mais velha, mas ainda notavam-se os traços de sua beleza.

            Voltei , encontrei-a e notei que a vida tinha-lhe dado a sua chicotada, o brilho tinha-se desvanecido.

            Passado algum tempo, vi-a, estava quase morta.Morta sim, mas com altivez de uma vida, que valeu a pena ser vivida, pis os seus frutos muitos alimentou.

            Aquela árvore viveu e morreu de pé, com a dignidade merecida.


Ps: "as árvores morrem de pé"





Carmita Out/2013

                   

Palavras que nos ensinam:

  Mãe há só uma a minha